Teus olhos
dúvida de encruzilhada
se for para o norte
o sul lamenta-se.
Melodia de sereia
tua voz possui
encanto de hipnose
morfina na veia
não há razão nem vontade.
Teus olhos
inferno e céu
o purgatório de todos os dias
levam-me mar a dentro
perco o livre-arbítrio.
Quem me dará o perdão?
Quem decidirá o juízo final?
Minha perdição
e minha salvação
perdi o direito à eternidade.
* Este poema sairá no Volume 74 da Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos da CBJE.
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