“Não me prendo a nada que me defina. Sou companhia, mas posso ser solidão. Tranquilidade e inconstância. Pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono! Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo! Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer…”

Clarice Lispector

segunda-feira, 28 de março de 2011

AQUELA LUZ

Dentro dos sorrisos
Vida
daquelas que rasgam as entranhas
quebram protocolos
desfazem tradições.
 
Dentro dos olhares
Paixão
daquelas desmedidas
sem hora nem lugar
desnudam aparências
corrompem etiquetas.

Dentro dos abraços
Energia
daquelas revigorantes
como sangue em transfusão.

Aprendi com a luz:
ela não tem margens, limites
nem molduras.
Brilha aquilo que sabe brilhar
Ilumina aquilo que necessita ser iluminado.

A luz só sabe ser
em total escuridão
mas só existe fora de si.

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