“Não me prendo a nada que me defina. Sou companhia, mas posso ser solidão. Tranquilidade e inconstância. Pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono! Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo! Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer…”

Clarice Lispector

sábado, 10 de setembro de 2011

Poesia natural


"Não falarei mais dos amores, pelos quais passou e por quais teve muitas decepções, próprias do amor imaturo. Essa jovem queria apenas mostrar-se viva por outros meios que não os habituais. Ser palavra, cheiro, sentido, música ouvida pelo encantamento do mundo. Assim, despertou para a poesia aos poucos sem perceber, mesmo quando a palavra entrou em sua vida por um livro grosso, de capa verde, com dedicatória para ela. Explorar todas aquelas páginas seria um trabalho demorado, que não deu muita importância, afinal de contas aquelas palavras não a deixariam em paz nunca mais na vida."

(De uma quase nada menina - Cyelle Carmem)

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