“Não me prendo a nada que me defina. Sou companhia, mas posso ser solidão. Tranquilidade e inconstância. Pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono! Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo! Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer…”

Clarice Lispector

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

DEMOLIÇÃO


O planejamento foi minucioso
Não deveria haver vítimas.
Tudo seria perfeito
sem arestas a talhar.
O castelo de pedras,
tais riquezas largadas nos cantos,
não é mais visão divina.
Já foi decidida a destruição
Demolição dos insignificantes sonhos
Não manteríamos de pé
paredes que não sustentam
nem mesmo ilusões.

* Do livro (Uni)verso - 2012

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