DO SENTIDO
O que sinto não precisa de permissão
Não precisa de casa
Não preciso de sopro ao ouvido.
O que sinto vive do ar da brisa distante.
Vive de um retrato antigo
Vive de uma palavra gasta.
O que sinto não precisa de estrada
Seu atalho foi coberto pela mata
Seu riacho há tempos está extinto.
Não precisa de papel contrato
Não precisa de luzes acesas.
Sobrevive do silêncio do escuro
Da grade trancada a sete chaves.
O que sinto não precisa de autorização
Sobrevive sem um pedaço de pão.
O que sinto não precisa de vida ou de morte
Existe por si mesmo
E escolhe o seu próprio norte.
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