“Não me prendo a nada que me defina. Sou companhia, mas posso ser solidão. Tranquilidade e inconstância. Pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono! Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo! Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer…”

Clarice Lispector

domingo, 6 de novembro de 2011

Artigo apresentado no III Seminário Nacional de Gênero e Práticas Culturais - olhares diversos sobre a diferença, realizado pelo UFPB nos dias 26.11 a 28.11.2011


O ESPELHO NOS CONTOS DE MACHADO DE ASSIS E GUIMARÃES ROSA: A
CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NOS PERSONAGENS MASCULINOS

Cyelle Carmem Vasconcelos Pereira
1(UFPB)

Quem consegue resistir ao mistério do espelho? Por vezes objeto de adoração,
outras, necessidade básica e ainda de manifestação da verdade e do obscuro. Ele também é
sinônimo de autoestima, de amor próprio e vaidade. Diante de um espelho, o que você vê?
Essa é a resposta que incessantemente desejamos obter.
Segundo o Dicionário de Símbolos, o espelho representa a verdade, a
autocontemplação e reflexão do universo. No entanto, pode mostrar o puro, as coisas como
elas são, por outro lado, pode deturpar a verdade, enganar. Já de acordo com o significado
do espelho em sonhos, se a imagem for nítida, indica bons presságios, no entanto se for
opaca, turva, deve-se ficar atento, pois anuncia mortes e cuidados com a saúde.
O objetivo do trabalho é mostrar o espelho como instrumento para construção
da identidade nos personagens masculinos nos contos de Machado de Assis e Guimarães
Rosa, ambos intitulados “O Espelho”, uma vez que enfatizam a busca por sentidos
existenciais de suas personalidades.

Continuação no Recanto das Letras: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/3312818

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