Passa tempo!
mas não dentro de mim
que seus ventos
assanham meus cabelos
desalinham o vestido.
Passa
na esquina dos desesperos
fantasmas do desassossego
alicerces do desapego.
Passa tempo!
mas não perto de mim
traquinagens da efemeridade
cresce a criança que levo na mão.
Passa
na rua do trovador
no beco da pobre flor
na cova do mau amor.
2 comentários:
Belas imagens, poema despoluído e uma certa concisão.
Vejo que sua evolução caminha a passos largos, poeta.
Elogios vindos de você são especiais. A convivência com grandes poetas tem ajudado bastante. As sugestões são sempre bem-vindas. Obrigada, meu amigo.
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