“Não me prendo a nada que me defina. Sou companhia, mas posso ser solidão. Tranquilidade e inconstância. Pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono! Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo! Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer…”

Clarice Lispector

quinta-feira, 2 de maio de 2013

ENQUANTO HÁ VIDA

"Enquanto há vida" é um projeto do meu querido amigo Jairo Cézar que objetiva a produção de epitáfios por seus próprios autores.
Esta semana, em seu blog http://escritosnoonibus.blogspot.com.br/ foi a vez do meu epitáfio.
Com um tom mais romatizado, meus versos trazaem a despedida de um amor, com consciência de um possível esquecimento, condição tradizada pela morte.
Segue o poema:





"Minhas mãos já não deixar-te-ão despedidas breves,
nem meus lábios sorrirão a leveza da alegria.
Tudo por fim escondido num véu negro...

Esquecerás de mim em outros beijos,
minha imagem se confundirá em outras curvas.
Liberta-me-ei da sua necessidade de ter-me,
poderei respirar sem seu ar.

No entanto, meu coração,
pulsando sem sangue e raiva,
tocará seus sonhos de eterna realidade."

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