“Não me prendo a nada que me defina. Sou companhia, mas posso ser solidão. Tranquilidade e inconstância. Pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono! Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo! Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer…”

Clarice Lispector

terça-feira, 20 de março de 2012

FENÔMENOS


Na infinidade de livros lidos
Páginas de letras sem sentido
Não encontrei sua lógica.
Maré alta anunciando tempestade
Fumaça de vulcão, erupção.

Na diversidade de músicas ouvidas
Melodias de notas desafinadas
Não encontrei seu tom.
Ventania leve trazendo furacão
Granizos, nevascas.

Juntei-me às larvas quentes
e aos flocos de neve
Elas me dirão seu segredo.

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