“Não me prendo a nada que me defina. Sou companhia, mas posso ser solidão. Tranquilidade e inconstância. Pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono! Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo! Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer…”

Clarice Lispector

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Exorcismo

Ainda tento o exorcismo.
A sombra da sua passagem ficou.
Leve rastro de marcas profundas
riscou o chão.
 
Ainda tento o exorcismo.
Ouço ruídos no andar de cima
Portas a bater,
Luzes a acender.
 
Não quero padre,
mandinga ou ritual
candomblé ou purificação.
Quero o próprio demônio
da sua dor habitando esta casa.

Um comentário:

Cyelle Carmem disse...

- é bem pesado...
- não tem que ser leve - respondi eu.