“Não me prendo a nada que me defina. Sou companhia, mas posso ser solidão. Tranquilidade e inconstância. Pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono! Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo! Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer…”

Clarice Lispector

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

ESFINGE


Decifra-me
pelos sinais da pele
faíscas de uma brasa
prestes a reacender.

Descubra
o código desse enigma
velho papiro escondido
por um feroz guardião.

Leia, traduza
e transcreva
na fina cinza
daquela brasa reacesa.